Exposição de Arte Contemporânea e Multimédia

Carole Purnelle – Nuno Maya

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Fábrica da Cerveja – Faro

Inauguração: 22 de Julho às 21:00

Abertura: de 22 de Julho a 15 de Setembro

Uma abordagem contemporânea aos mundos paralelos imaginários que cruzamos no nosso quotidiano, numa exposição desenvolvida para todo o público, especialmente para Faro2005 CNC.

A linguagem utilizada é a do maravilhoso, da descoberta, da poesia.

O espectador é mergulhado sucessivamente em universos habitados por criaturas imaginárias.

Os artistas apresentam um conjunto de obras que vai desde a fotografia ao vídeo, da instalação física à virtual, do estático ao interactivo, tendo a multimédia um papel fundamental ao longo de toda a exposição.

Aplicações interactivas ao dispor dos visitantes permitem uma interacção entre o espaço real e o espaço virtual, podendo os mesmos criar criaturas, à semelhança das obras apresentadas pelos artistas, sendo depois enviadas on-line para o site da exposição www.ascriaturas.com.

O objectivo é levar o público a adoptar novo olhar sobre o mundo que nos rodeia, descobrindo a magia que nele existe.

A criação está por todo o lado à nossa volta.

Nós fazemos parte dessa criação.

> imagens alta resolução

produção e organização

apoios

01

Pedras Vivas

O mundo que nos rodeia está vivo.

Tudo nos observa. Mas nós, nós vemos tudo mas não observamos nada.

A instalação, expondo um conjunto de pedras, dá-lhes vida através de projecções de expressões faciais em movimento, minuciosamente adaptadas às formas físicas das pedras, criando uma noção de humanização do não humano, tal como sempre aconteceu nas culturas animistas.

As pedras emitem sons de pequenas criaturas vivas, que observam o mundo que as rodeia: o espectador e o local da instalação.

Uma aplicação interactiva dá a possibilidade ao público de escolher novas pedras, novas expressões e assim criar interactivamente novas criaturas “pedras vivas”.

02

Criaturas de Luz

O método de coloração do espaço é a Luz.

Matérias, cores, texturas em constante transformação pelos artistas, criam criaturas imaginárias, originais, únicas.

Essas criaturas, criadas com a química e a física dos vários materiais que os artistas seleccionam, são imortalizadas, na sua forma e cor através de um slide 35mm.

A infinidade de diferentes criaturas, revela o que existe de magnífico, escondido em todas as coisas.

Nesta exposição as criaturas são apresentadas em 2 suportes distintos:

Os Quadros de Luz, com uma impressão das Criaturas em papel especial, apresentadas numa caixa de luz, onde as cores e as texturas florescem, valorizando assim a riqueza e complexidade visual de cada um desses mundos efémeros aprisionados em frente à luz.

As projecções de slides, também muito luminosas, atingindo dimensões muito grandes, permitindo ao espectador descobrir a multiplicidade de texturas que constituem estas Criaturas.

Uma aplicação com “palavras interactivas” faz dos visitantes poetas do surrealismo, com frases imaginativas associadas às obras apresentadas.

03

Criaturas de Praia

Este conjunto de criaturas é uma crítica irónica dirigida contra a nossa sociedade de consumo: nós somos o nosso próprio lixo, o lixo faz os nossos retratos.

O comportamento adoptado na revelação (criação) destas criaturas/ personagens a partir de materiais pobres, lixos erudidos e rejeitados pelo mar, sujos de poluição, assentam as suas raízes no « já-feito » como no surrealismo.

Baseia-se sobre a vida própria que o surrealismo sempre conferiu aos objectos no acto dadaísta de abordar os objectos de forma artística.

Por um lado, a intervenção artística repousa sobre o acaso da descoberta e o imprevisto das associações, sendo um trabalho onde a dimensão lúdica e onírica estão omnipresentes.

Por outro lado, o objecto considerado na sua trajectória global da vida depois da sua utilização original até à exposição, passando pelo mar, é afastada da sua função primária para ser elevada ao nível de um retrato, pelo simples gesto de ser integrada na instalação.

As criaturas de praia interactivas reúnem um conjunto de objectos apanhados nas praias e digitalizados pelos artistas, sendo os mesmo manipuláveis pelo público interactivamente de forma a dar vida a novas criaturas.

04

As Criaturas no mundo

Este conjunto de fotografias resultante de um trabalho fotográfico ao longo de vários anos, apresenta-nos uma enorme diversidade de criaturas escondidas no nosso mundo: interruptores, fechaduras de portas outros objectos diversos e inesperados.

Através deste trabalho fotográfico é bem evidenciado o facto de que as Criaturas:

“elas estão entre nós”.

Os visitantes ganham uma nova perspectiva na interpretação do mundo que os rodeia no dia a dia, passando eles também a ver e a descobrir criaturas espalhadas pelos objectos do quotidiano.

05

Criaturas de Telhado

Elas formavam um telhado.

As criaturas de um telhado de uma antiga fábrica de açúcar na ilha Martinica.

Elas chamaram os artistas que, depois de uma escolha selectiva, as fizeram atravessar o oceano para nos falarem.

Todas parecidas, nenhuma idêntica.

Estas criaturas minimalistas em " terra cota " fixam-nos o seu olhar meigo, e apontam-nos com o seu nariz.

A intervenção artística acenda sobre o acaso da descoberta, e da selecção minuciosa das expressões das criaturas.

Apresentadas numa instalação interactiva, o espectador vai descobri-las, revelando as suas expressões através de pontos de luz que as denunciam.

06

Totem

Os 2 "totem" acompanharam a realização das obras desta exposição.

Os materiais escolhidos para a criação destas obras são os materiais rejeitados pelos artistas durante a realização de outras obras.

Elas são duas criaturas, construídas por pequenas partes de outras criaturas da exposição.

“a Criatura”

Um grande "totem", atento ao desenrolar da exposição, recolhe as impressões dos visitantes que nele podem pendurar mensagens, elementos ou um simples rasto da sua passagem.

A sua realização acompanha a duração de toda a exposição.

Os materiais escolhidos para a criação desta obra são os objectos pessoais rejeitados pelos visitantes e materiais rejeitados pelos artista na realização das restantes obras apresentadas.

Aplicações interactivas permitem a manipulação de objectos da natureza para colocar sobre um corpo virtual construído pelos artistas, criando assim uma infinidade de Totem(s) a partir de uma mesma base.

07

Antes de a Cor Ter Forma

Premiado e seleccionado para vários festivais e mostras de vídeo, esta curta-metragem de 9 minutos de animação e reacções físico-químicas, mostra-nos o ponto de vista de um feto, desde a junção do espermatozóide com o óvulo até ao nascimento do bebé.

No seu mundo, antes de nascer, o feto interpreta a realidade exterior a partir dos sons provocados pelas diferentes situações e experiências vividas pela mãe.

Forma imagens coloridas em movimentos síncronos com os sons do exterior, antes desses sons já terem uma forma associada.

O som é o construtor do desconhecido.

As cores são a sua matéria-prima.

O abstracto é o seu resultado.

08

As Criaturas: pequenos mas GRANDES

Numa abordagem generalista à arte contemporânea, os artistas desafiaram um grupo de 20 crianças a entrar no mundo das criaturas, como criadores.

O resultado são 3 curtas-metragens de animação realizadas por estas crianças, entre os 6 e os 12 anos, onde as personagens são criaturas imaginárias construídas a partir de objectos recolhidos na natureza.

Projecto pioneiro de criatividade onde a escrita da história, a elaboração das personagens e cenários, a animação e mesmo a criação musical foram realizados pelas crianças, sob a coordenação dos artistas.

Parabéns à equipa destes pequenos mas GRANDES realizadores!

Juntamente com os filmes é também apresentado um conjunto de postais com várias criaturas por eles criadas.

De forma a envolver o público, mais uma vez a interactividade está presente, através de algumas aplicações interactivas desenvolvidas pelos artistas para a realização dos filmes.